domingo, 15 de setembro de 2013

Tentativas e caminhos


Pode até dar certo
mas escrever não é meu forte
do seu sorriso eu gosto de perto
em teu pranto desejo a sorte.

Nessa área eu não me arrisco
Amor sempre me cheira a morte
Como leão atrás do cervo
Como o cervo rumo ao norte

Qualquer que seja o meu destino
seja o norte, seja o sul, por onde vou
Sigo sempre em desatino
Como a andorinha, bateu asas e voou.

                                                           Rafaël Manfredine & Jéssica Cerveira

sábado, 5 de maio de 2012

Luar...

Vamos até a maior lua, tão cheia quanto eu de buracos...
Vamos ao vinho, tão pisado e repisado quanto eu...
Vamos as ruas nuas,estão sujas e subjugadas quanto eu...
Vamos ao papa sem batina, sem moral e ateísta.

sábado, 10 de março de 2012

Eu não sei fazer poemas, mas eu faço.

Sei bem do que me disseram por ai
Só não sei o que fazer com isso por aqui.
Sei o que sofrer, sei também o que é dor.
Saber nunca fez de mim uma pessoa melhor.

Abandono nunca foi do meu feitio.
Assim como nunca fugi de nada.
Andar em bando não me faz menos sozinho.
Ás vezes sinto que a solidão é o que me cai bem...

Quando te machucar machucar.
Quando você se abandona ao abandonar.
Quando a hora esperada chegar... eu não vou saber o que fazer.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Paradoxal


I keep killing me, do not you see?
I should be smiling, but I'm killing myself for you.
Do you love me? I'm just another pin? I am important to you? You need me?
I think you really just speaks those things for tease me.
In the end I'm the fool.
In the end I only love you...

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Balanços.

O melhor é balançar as estruturas
Chacoalhar o esqueleto
Fazer tremer as suas pernas.

O melhor é mexer com sua cabeça
Sacudir o seu espírito.
Contorcer debaixo do chuveiro.

O melhor é causar terremotos
Reacender um amor remoto
E mudar antes que você me esqueça.

sábado, 14 de maio de 2011

Dezoito.

Você está deitado e de repente... PÁ!
Um estalo, você percebe que as coisas não são mais como antes...
As pessoas mudaram, os lugares não são os mesmo.
É como se você estivesse dormindo todo esse tempo.
Você olha e diz, "parece bom conhecer a verdade"
Mas um pensamento lhe ocorre... "dá outra vez também parecia verdade..."
Agora nada mais é o mesmo, suas certezas, suas crenças não lhe convencem mais.
Nem você se convence do que diz.
Desse momento em diante você passa a se sentir uma anomalia.
Você olha as pessoas, elas vivem como se não houvesse duvidas de que estão vivas
Você sabe coisas que elas nunca suspeitariam.
Você tenta dizer a elas que o mundo pode não ser real.
Você conta a elas suas experiências antes estalo.
Elas olham admiradas e lhe tacham louco, estranho e estúpido.
Você insiste, elas se cansam e se vão.
Sozinho você chora... mas logo elas voltam.
Todas vestidas de branco, com uma roupa especial pra você também branca.
Eles não são gentis, te batem te prendem com a roupa, você estava enganado eles não vieram festejar a descoberta da falsa realidade.
Agora você está preso... sente uma picada e...
Todos agora estão disformes, você sente medo, mas pensa "eu estava certo, a realidade é mutável."
Você insiste em falar... eles riem de você te dão alguns choques, põe algo na sua boca e...
Agora eles estão todos coloridos, uns parecem demônios outros não parecem nada...
Você pensa "agora está mudando mais rápido, por quê?"
Um dos Demônios chega e te dá uma bebida...
Tudo mudou novamente você se cansa daquilo... não quer mais ver nada... mas as coisas insistem em mudar e mudar e mudar...
Você sente a morte lhe assoprar coisas no ouvido, verdades absurdas, mas dadas as suas experiências acumuladas não se deve duvidar de mais nada.
Eis que chegam dois elefantes, te seguram pelo braço te jogam pra fora da caixa em que você estava...
A luz machuca os olhos... Você caminha sem rumo... escuta sons assustadores.
Se senta e morre.

"Meus fantasmas tornaram minha solidão um vício e minha solução. Um status quo."

E os fantasmas que eu já tinha exorcizado...
Voltam e zombam de mim,
Eles riem as minhas custas,
Se divertem horrores com meu sofrimento.
Gritam, falam frases repetidas, praguejam,
falam asneiras debocham dos meus ídolos...
riem da minha cara puxam repuxam gargalham
abusam de mim sorriem

Meus fantasmas voltaram com tudo
Me fazem juras de amor, riem nas minhas costas,
Me contradizem me pregam peças falam mentiras
Me confundem me renegam me fazem mentir
Trazem a tona coisas que eu já enterrei voltam com amores que eu já esqueci revolvem feridas que eu já curei me causam saudade do que eu nunca vi me provam a todo tempo que eu já morri voltam com as lágrimas que eu já chorei...

"Meus fantasmas tornaram minha solidão um vício e minha solução. Um status quo."